Você se sentiria fracassado ou fracassada se não vestisse 36? É assim que pessoas com distúrbios alimentares como a anorexia se sentem. Sentimentos de baixa autoestima, medo de engordar e a negação do próprio corpo transformam a relação com a comida em algo doentio e com graves consequências físicas e mentais.
A anorexia é o primeiro tema a ser tratado pela série “Distúrbios Alimentares”, que o TIM Mais Mulher começa a publicar hoje. Nas próximas três semanas, toda quarta-feira, uma nova reportagem vai trazer dados, pesquisas, entrevistas e informação sobre o universo das doenças relacionadas à alimentação, corpo e perda de peso.
Anorexia e mortalidade
De acordo com um estudo de 2007, do periódico científico British Medical Association, a anorexia nervosa tem a maior mortalidade do que qualquer distúrbio psiquiátrico. O estudo tem uma prevalência de cerca de 0,3% em mulheres jovens. É mais que o dobro da comum em adolescentes, com idade média de 15 anos. O estudo constatou também que 80-90% dos pacientes com anorexia são do sexo feminino.
A anorexia nervosa caracteriza-se pela não motivação por se alimentar. O indivíduo com anorexia se enxerga “gordo”, mesmo estando abaixo do peso. Em geral, pessoas anoréxicas, além de evitarem a ingestão de alimentos, buscam outras formas de alcançar o corpo perfeito, bem como usar inibidores de apetite, laxantes e praticar uma carga excessiva de atividades físicas.
Sintomas
O medo de engordar e a busca pela magreza fazem com que o anoréxico apresente sintomas como a perda progressiva do peso, desnutrição proteico calórica (desnutrição causada pelo consumo insuficiente de calorias), amenorreia (ausência de menstruação), caquexia (grau extremo de enfraquecimento), além de distúrbios de origem psicológica, entre eles, depressão, fobia, compulsão, preocupação excessiva com índice calórico e distorção da imagem corporal.
Causas
Um distúrbio alimentar pode ter origem multifatorial no qual fatores biológicos, psicológicos e sociais podem estar envolvidos nas causas do problema. Diversos estudos e periódicos científicos já confirmaram o peso da “cultura da magreza” no desenvolvimento de transtornos alimentares, sobretudo, no início da adolescência e em algumas profissões em que o padrão estético é ser magro.
A doença também caracteriza-se por diferenças no comportamento com a comida, em que o indivíduo pode apresentar: comportamento restritivo — no qual existe a restrição calórica. Ou ainda, o comportamento compulsivo purgativo — onde ocorrem episódios de compulsão alimentar acompanhados de vômitos induzidos, uso de laxantes e diuréticos.
Consequências
A busca pelo peso ideal provoca diversos problemas no corpo que podem originar desde uma anemia até alterações endócrinas, osteoporose e hipocalemia (baixa concentração de potássio no sangue). O problema deixa os ossos fracos a ponto de ocasionar cãibras ou ritmos cardíacos anormais.
Diagnóstico
Embora a pessoa aparente estar saudável, é importante avaliar seu peso para a idade e altura. Um dos grandes problemas no diagnóstico da doença é a recusa do paciente em reconhecer o estágio crítico em que chegou, já que ele não tem uma percepção saudável do próprio corpo e se enxerga acima do peso mesmo estando, extremamente, debilitado.
Tratamento
O tratamento da anorexia precisa ser multidisciplinar com o objetivo de integrar psicólogos, endocrinologistas, nutricionistas e psiquiatras que compõem a base de uma terapia. A duração pode levar muito tempo e depende da resposta de cada paciente à aderência da abordagem. A internação hospitalar é recomendada para pacientes com peso corporal abaixo de 75% quando se faz necessário realizar o acompanhamento clínico do paciente.
Para compreender mais o assunto, a Redação do TIM Espaço Mulher conversou com a psicóloga integrante da equipe do Ambulim – Centro de Tratamento Especializado em Distúrbios Alimentares do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Fabiola Luciano que respondeu algumas questões para ajudar familiares e amigos a lidar com problema. A profissional também é especialista em distúrbios alimentares e em Terapia Cognitivo comportamental pela Universidade de São Paulo (USP).
“Dietas restritivas podem favorecer o surgimento tanto da anorexia quanto dos transtornos alimentares em geral. Isso porque a pessoa acaba criando regras de alimentos proibidos, alimentos permitidos”
TIM Espaço Mulher: Dietas muito restritivas podem favorecer o surgimento do problema?
Fabiola Luciano: Sim. As dietas restritivas podem favorecer o surgimento tanto da anorexia quanto dos transtornos alimentares em geral. Isso porque a pessoa acaba criando regras de alimentos proibidos, alimentos permitidos, uma hipervigilância em relação ao que ela está comendo. Um maior cuidado, que muitas vezes acaba virando uma obsessão ao corpo e como ela está nutrindo. A pessoa acaba ficando sob controle do que ela não pode comer e restringir e isso acaba levando, inevitavelmente, a um adoecimento psicológico somado, principalmente, a outros fatores de vida e risco em que essa pessoa vai estar exposta. A doença se manifesta, principalmente, na adolescência onde os jovens têm uma preocupação excessiva com o pertencimento, em relação ao peso e corpo. Essas dietas acabam favorecendo esse tipo de pensamento, que é a base da anorexia. A preocupação excessiva com o peso e corpo.
TIM Espaço Mulher : A depressão é considerada um fator de risco para o desenvolvimento de distúrbios?
Fabiola Luciano: Sim. Dentre os fatores de risco, a gente pode destacar o histórico de transtorno alimentar na família, ou transtornos de humor, como a depressão em familiares. Além da interação dessa pessoa com o ambiente em que viveu e o contexto social em que está inserida. De repente, existem situações em que há uma maior aceitação do corpo magro. São fatos que podem contribuir. Ao passo que o transtorno alimentar pode ser um fator de risco para um quadro depressivo e vice-versa.
TIM Espaço Mulher: Como os familiares podem ajudar pessoas com este tipo de problema?
Fabiola Luciano: A rede de apoio é extremamente importante nos casos de transtorno alimentar. Até porque, em geral, ela existe na criação do histórico de vida dessa pessoa em algum lugar, uma cultura muito forte em relação ao padrão de corpo e isso muitas vezes até sem perceber é originário da família, onde existe o excesso de cobrança e perfeccionismo. Então, os familiares podem e devem ajudar cuidando de falas que tendem a valorizar corpo e o padrão de imagem, observando essa pessoa e dando suporte durante o tratamento.
Buscando com a rede de apoio profissional, que acompanha o familiar, entender o que pode ou não fazer, principalmente, se forem adolescentes que têm uma chance de outras comorbidades associadas.
Indicar para um tratamento psicológico, ter uma fala de sensibilidade, não de culpa em relação a essa pessoa. Buscar compreender o transtorno alimentar e como essa pessoa funciona a partir dele. Ter paciência e sensibilidade em relação à isso porque muitas vezes os sintomas da anorexia, que é um dos transtornos alimentares mais graves, acabam irritando os familiares, por exemplo, quando insistem em não comer, tem déficit nutricional, são complicações clínicas. Ter esse tipo de compreensão para ajudar essa pessoa a seguir, sem que o apoio se torne uma cobrança e um peso dentro do tratamento.
TIM Espaço Mulher: Existe alguma orientação para que essas pessoas possam controlar seus próprios gatilhos?
Fabiola Luciano: Um processo de terapia vai fazer isso. Como dica, elas podem tentar observar padrões cognitivos já estabelecidos, distorções cognitivas. Por exemplo, eu tenho uma tendência a me comparar com outras pessoas? Eu tenho uma tendência ao autodepreciativo? Como é que funciona minha autovalidação? Será que eu acabo comigo, me menosprezo, invalido minhas conquistas e quando consigo alguma coisa, não consigo comemorar, não consigo me valorizar. Tenho uma dependência muito grande da visão dos outros? Esses tipos de perguntas são importantes de observar se existe um padrão de comportamento porque ele pode ser um direcionador para a pessoa.
Eles podem ser gatilhos importantes. Qual a importância que eu dou para o meu corpo? Como anda minha autoestima? Será que meu valor está muito fundamentado no meu corpo, exclusivamente. O que mais eu tenho de valor no meu corpo? São perguntas que ajudam a entender alguns dos gatilhos dos transtornos alimentares. Como dica adicional: cuidado com a rede social porque seguir, no caso de transtornos alimentares, blogueira fitness, youtuber que dá dica de dieta, pode potenciar muito o problema, pela manutenção do padrão de imagem que essas pessoas vão buscar e sustentar o transtorno alimentar. Elas vão acabar se envolvendo em dietas malucas e coisas que não funcionam. Não sou eu que estou falando que não funciona, é a literatura quem diz e a própria evolução do transtorno.
TIM Espaço Mulher : É possível reverter um quadro de transtorno alimentar?
Fabiola Luciano: Sim, é possível reverter. Quando a gente pensa em transtorno alimentar, a anorexia é o mais severo, seguido de bulimia, compulsão, transtorno de pica, é menos comum, mas o mais severo é a anorexia. Agora o sintoma se anula sozinho? Não. Por isso, é necessário buscar um especialista. Para cuidar do transtorno alimentar, é essencial o trabalho de uma equipe multidisciplinar. É fundamental o apoio de um nutricionista especializado que vai ajudar a mudar a forma de enxergar a alimentação. Um psicólogo que vai trabalhar a parte de cognição, ajudar no estabelecimento de crença, em autoestima, no padrão de corpo e um psiquiatra especializado.
Toda essa equipe precisa trabalhar junto para poder trocar a respeito do caso, discutir a evolução, pensar em estratégia e até outros profissionais de apoio, como um educador físico, voltado ao transtorno alimentar. Ele pode ajudar essa pessoa a revalidar o processo com a atividade física e também um profissional de consultoria de imagem podem ser adicionados no processo. Mas, inicialmente, são fundamentais um nutricionista, um psicólogo e um psiquiatra que devem estar dentro do caso, e, é assim que é possível reverter um quadro de transtorno alimentar com um bom tratamento e um acompanhamento especializado para que esse paciente consiga diminuir os sintomas e modificar essa estrutura cognitiva.
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